A Julie Powell que há em mim - o novo desafio das receitas

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Palavras ao vento

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A Julie Powell que há em mim

*Atenção: contém spoiler; contém glúten 

Foi amor à primeira vista. Assim que assisti ao filme Julie & Julia me apaixoneiMeryl Streep, como sempre, arrasando em seu papel. E Amy Adams representando com graça o papel da escritora Julie Powell… aliás, você a conhece? 

Prestes a completar 30 anos, Julie entrou em crise. Desanimada com a vida e em um emprego que detestava, se viu obrigada a mudar para uma quitinete minúscula, em um bairro afastado, longe do trabalho e dos amigos.  

Um belo dia, em visita à casa de sua mãe e pensando em uma saída para a sua vida, encontrou um antigo livro de receitas: Mastering the Art of French Cooking (Dominando a arte da culinária francesa), que tem como autora principal, Julia Child, uma das figuras mais influentes e com alto poder de mudança da história da gastronomia americana. 

Ao folhear o livro de sua mãe, Julie Powell teve a ideia que mudaria o rumo dos acontecimentos em sua vida: cozinhar, em 365 dias, todas as 524 receitas do livro de Child. E ainda relatar essa experiência em seu blog! Julie estava animada. E tinha todos os motivos para se inspirar. 

Além de chef, a americana Julia Child era autora de livros de culinária e apresentadora de televisão. Com características únicas, bom humor e espontaneidade, saudava a sua audiência com um largo sorriso e um sonoro “Bon Appétit, conquistando a todos 

Ela faleceu em 2004, dois dias antes de completar 92 anos de idade. Era viva ainda quando Julie Powell começou o seu projeto. Contudo, as duas nunca se encontraram… 

O filme

Lançado em 2009, o filme Julie & Julia contrasta justamente o início de carreira da chef Julia Child com a vida da jovem nova-iorquina Julie Powell. Um encanto. Uma delícia. Uma gostosura. Não foi à toa que já assisti inúmeras vezes (com a companhia do André em várias delas), comprei o Blu-ray que tem entrevistas e cenas inéditas e adquiri o livro em um sebo. A paixão foi tanta, que mesmo cheirando mofo, tornou-se meu livro de cabeceira. 

A dança das palavras e o baile na cozinha

Lidar com as palavras sempre foi algo que me encantou. Profissionalmente, elas precisavam dançar conforme a música e não podiam arriscar uns passos novos. Eu jamais poderia dizer, por exemplo, que tal situação se parecia com um pedaço do céu. Os fatos precisavam ser ditos com clareza. 

Já nas crônicas, eu podia usar e abusar das palavras que, então, passaram a dançar conforme a minha música. Ora clássica, ora samba, ora rock, especialmente se o Dex estivesse perto. A liberdade de poder expressá-las como eu queria me cativou. 

Passei a sentir o perfume de cada letra, exalado conforme o saltitar dos meus dedos no teclado, o palco perfeito. E mesmo que o som fosse apenas interno, a dança tinha ritmo e as palavras ginga. O encadeamento seguia um andamento tão preciso que nem de metrônomo precisava. Mas como na música, as pausas eram necessárias. Isso não significava que não haveria bate-pé. Mas agora, o baile seria na cozinha.

Nessa parada eu já não me sentia tão livre para criar. Ficava deliciosamente presa aos livros e vídeos da Rita Lobo. Quem me conhece sabe, faz tempo que sou fã dela. Cada programa despertava em mim uma vontade imensa de colocar aquela receita em prática. E logo os dedos voltavam a se movimentar nos teclados… desta vez, digitando no celular a lista de compras para aquele novo desafio.

Um novo projeto 

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Decidi deixar aflorar [e alimentar] a Julie Powell que há em mim. Com o mesmo bom humor da Julia Child e com aquela leveza nas palavras que eu adoro, Rita Lobo será a minha inspiração.  

O livro escolhido, dentre tantos deliciosos que ela já publicou, foi “O que tem na geladeira”, que reúne mais de 200 receitas divididas em 30 capítulos, cada um deles dedicado a um alimento que encontramos na feira ou, se bobear, na geladeira. Comida de verdade, sabe? Esse, aliás, foi um dos motivos que me levaram a escolher esse livro para devorar as receitas.

Além disso, é delicioso ver a maneira como as palavras dançam naquela página. “Tá com pressa? Come crua!” é o título do capítulo sobre abobrinha. “Todo um leque de opções” abre a série de oito receitas com couve. “Chuchu? Beleza!” introduz com humor as receitas que vão muito além do refogadinho. 

E as experiências serão relatadas aqui, em princípio, toda terça e sábado. Bem, é verdade, não vai ser aquela loucura que a Julie Powell se impôs, será mais suave. Os tempos são outros. Tempos em que, mais do que nunca, precisamos de saúde, descontração e leveza.

Ah! E só para finalizar, quero contar uma coisa. A data de início desse projeto, quando fiz a primeira receita: 23 de março de 2021, foi o dia em que o Panelinha, site-editora-produtora da Rita Lobo, completou 21 anos! Eu até poderia estar fazendo um brigadeiro, para acompanhar a live de aniversário, mas decidi iniciar pela janta com um vinho e um delicioso suflê de chuchu, mas sem bebedeira… afinal, era o que tinha na geladeira! 

5 respostas para “A Julie Powell que há em mim”

    • Lindeza, que delícia ver você por aqui! Aliás, amo quando você escreve… olha esse comentário! Saudades também… do seu sorriso e dos cafés que aqueciam ainda mais o nosso coração. ❤️

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