Ragu de carne - derrubando o preconceito contra peitos

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Palavras ao vento

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Derrubando o preconceito contra peitos – ragu de carne

O ragu de carne da Rita Lobo estava lindo na foto! Era a inspiração que eu precisava para elaborar os pratos 5 e 6 desde que decidi liberar a Julie Powell que há em mim. Mas quando vi a receita, hesitei. Era feito com peito bovino. Logo me veio aquele baita preconceito: peito? Mas é carne de segunda! Mesmo sem saber exatamente o que isso significava.

Minha ligação com a gastronomia, aliás, é mínima. Quando criança, fiz alguns cursos de culinária no Sesi de São José do Rio Preto, onde passei a infância e a adolescência. E depois de adulta, fiz um curso técnico de gastronomia em São Carlos, em um período em que fiquei sem trabalho. Até que foi bem interessante! Mas parei por ali, porque logo consegui frelas na minha área, então, troquei a tábua pelo teclado e a faca pelo mouse.

Mas, voltando ao peito, comentei com o Dex, inconformada:

– A receita que escolhemos leva peito!

– Que delícia, vai ter carne desfiada?!

– Ué, como você sabe?

– Minha mãe sempre fez carne de panela com peito, fica muito bom. Você vai gostar!

Ele tinha certeza disso. Eu duvidei. Sorri amarelo e não vi outra alternativa, se não encarar. Isso porque combinamos de tentar fazer as receitas exatamente como elas são.

Esse assunto surgiu quando, folheando o livro ainda antes de iniciar o projeto, vi que algumas receitas levam coentro, tempero que blagh, detesto!

Agora o peito, gente, acho que eu sequer tinha provado, foi puro preconceito quando olhei torto para ele. Confesso que cheguei a pensar em comprar outra carne, mas o Dex insistiu para tentarmos, ele gosta de inovar. Aceitei.

De fato

O fato é que ele tinha razão e de fato eu gostei! O ragu de carne da Rita Lobo ficou simplesmente maravilhoso! E já quero fazer novamente (junto com aquela geleia de tomate com pimenta).

A receita escolhida

A receita escolhida para o domingo, na verdade, era o purê rústico de abóbora. Você sabe, o livro “O que tem na geladeira”, tem centenas de receitas de legumes para que aprendamos a prepará-los de diversas formas e, com isso, nos alimentemos melhor.

Essa é a equação que aprendi com a Rita Lobo: cozinhar em casa de maneira prática + comer comida de verdade = mais saúde para toda a família.

E no livro, a sugestão do purê vem ligadinha à do ragu. Era fim de semana, eu teria tempo, então decidi arriscar. Minha afinidade com a cozinha é tanta, que foi apenas ali que descobri que abóbora japonesa e abóbora cabotiá são a mesma coisa. E também aprendi que é cabotiá e não cabotiã (como sempre falei).

Bom, fizemos as compras com esse foco e esta seria a nossa refeição especial de Páscoa.

Preparando o ragu de carne com testemunhas

Pena que não dava para eles sentirem o cheiro do ragu pelo Zoom. Mas deu para dar zoom no prato e mostrar que belezura ficou. A família estava reunida virtualmente no domingo de Páscoa e acompanhou todo o preparo da comida.

Isso porque sou meio enrolada e tirei o almoço tarde. Na verdade, existe uma filosofia por trás disso: quanto mais fome temos, mais acharemos a comida saborosa, certo mãe?

Bem, todo o preparo foi feito sob os olhares da minha mãe, das tias, do padrinho, da madrinha, dos primos e das irmãs, que não me deixam mentir. Eu fiz mesmo a receita e ficou demais!! Comemos na frente deles, lambendo os beiços.

Aquele purê rústico, cozido no vapor, gente, o que é aquilo? Ficou simplesmente maravilhoso, Rita! E do ragu, virei fã. Derrubei o preconceito do peito, que até pode ser considerado uma carne de segunda, mas agora, a segunda será sem carne.

E nós seguiremos comendo ragu e purê rústico de abóbora todas as vezes que a vontade bater ou quando recebermos muita gente em casa, porque a receita de ragu rende, viu? Deu até para compartilhar com as vizinhas. Ô coisa boa!

E porque era Páscoa

E porque era Páscoa, eu não quis deixar de fazer uma sobremesa. (Mentira, vai, eu adoro doce e faço sobremesa sempre!). Mas porque era Páscoa, a sobremesa foi de chocolate: brigadeirão! Adivinha de quem? Dela.

Só que desta vez eu errei a mão. O doce ficou molenga, gente! Quando tiramos do forno pela primeira vez, após 60 minutos, ele estava quase líquido no meio, mas com uma casquinha por cima. No texto, a Rita Lobo alerta para o ponto do doce: ele fica macio por dentro. O André apostou que endureceria quando esfriasse. Fui dormir. Era sábado de Aleluia.

Ele ficou de guardar o doce assim que esfriasse, mas qual não foi a minha surpresa quando acordei e vi que o doce estava no forno novamente. “Eu estava tentando consertar o seu doce”, disse ele. Aliás, O Dex sempre me ajuda a consertar muitas coisas na vida. Inclusive a mim mesma, quando necessário.

O brigadeirão ficou mais meia hora no forno e depois de esfriar foi para a geladeira. Eu até consegui desenformá-lo, mas quando fui cortar, parecia que tinha uma calda no meio de tão mole que ficou! E não deu para manter bonito na travessa… foi só o tempo de tirar a foto, separar um pouco “pazamigas” e logo já tive que amontoar num pirex. Rita, onde foi que eu errei?

Sonho que ela me responda, enquanto isso, cozinho e escrevo.

Embora a carinha do brigadeirão não tenha sido das melhores, o sabor ficou fabuloso. O Dex e eu aprovamos! E pela mensagem que eu recebi das minhas vizinhas, elas também!

Galeria

Aqui não temos o Toscani, mas temos o Dex Camargo, meu fotógrafo preferido! ❤️

8 respostas para “Derrubando o preconceito contra peitos – ragu de carne”

  1. Estou meio atrasada na leitura, torcendo para acabar logo essa Pandemia pra poder experimentar essas delícias que o Dex fotografa!
    Ah! O Silas ama carne de panela com ponta de peito. Minha sogra faz exatamente como ele gosta. Eu? Não sei nem onde comprar a carne! 😐

    • Ri, foi uma descoberta para mim! Agora vou querer sempre, hehe. E sabendo que o Silas gosta, quando vocês vierem pra cá, eu faço de novo. 😀

  2. Chegando atrasada pra comentar, mas por sorte não pra experimentar essa delícia! =)
    Suzana e André, estamos acompanhando de muito perto esse projeto, que encanta os olhos, o nariz e o paladar.
    Obrigada por nos proporcionarem uma vida em comunidade tão agradável!

    Um beijo pra vocês!

    Ps. Espero que sua mãe e suas irmãs não fiquem bravas com nosso privilégio em experimentar essas delícias! Hehehehehe

    • Ahhh, nós é que agradecemos por participarem de tão perto e estarem sempre dispostas, tanto para experimentar quanto para emprestar algum ingrediente que esquecemos de comprar! 😬 A gente adora ter vocês como vizinhas! 🤗

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